Notícia - Cinco gafes para evitar em um CV de TI

Cinco gafes para evitar em um CV de TI

Cinco gafes para evitar em um CV de TI

A busca moderna por emprego inclui diversas partes em movimento: mídias sociais, e-portfolios, entrevistas online e mais. Ainda assim, o currículo tradicional se mantém essencial para a grande maioria dos profissionais em busca de emprego. O seu currículo passa uma impressão errada?

Se não for cuidadoso, seu currículo pode acabar te prejudicando com a mesma força com que pode te beneficiar no mercado de trabalho. Procuramos Laura McGarrity, executiva da empresa de recrutamento de TI, Mondo, para saber como podemos evitar certas gafes na preparação do currículo. Ela compartilhou conosco os cinco erros mais comuns que os profissionais de TI cometem.

1. Listar experiências demais

Os calouros da TI lutam contra pouca experiência quando chegam ao mercado de trabalho. Os veteranos lidam com o problema oposto: um histórico profissional muito longo. Pode ser uma verdade um pouco desagradável para os profissionais de TI com alguns anos de carreira, mas de acordo McGarrity, alguns currículos listam cargos anteriores demais, que podem entregar sua idade – especialmente quando alguns dos cargos lá do passado não são mais tão relevantes para sua busca atual. Se tiver 20 e poucos anos de experiência, talvez seja mais interessante manter apenas os últimos 15 anos.

“80% das vagas com que trabalhamos buscam talentos jovens, diligentes e inovadores”, disse McGarrity, em entrevista por e-mail. “Por mais que você queira incluir toda sua experiência [relevante] no currículo, não há benefício algum em listar experiências de mais de 15 anos atrás. O mercado parece ter adotado a mentalidade: ‘menos é mais’”.

2. Destacar as habilidades erradas

Não minta em seu currículo. Mas personalize-o para diferentes possíveis cargos e empregadores. Não queremos dizer que você não deva mostrar versatilidade e profundidade, mas que deve priorizar suas habilidades e experiências mais pertinentes com base na vaga para a qual se candidata. Muitos recrutadores e gerentes de contratação pensam de forma parecida, no entanto, é fácil assumir a postura do currículo que serve para tudo, mas essa abordagem te coloca em desvantagem.

“Adapte seu currículo para aquela vaga específica”, disse McGarrity. “Destaque e liste as habilidades mais relevantes primeiro. Por exemplo, se você é um desenvolvedor front-end, não coloque .NET como sua principal habilidade”.

3. Usar vocabulário fraco

“[Evite] usar palavras fracas, que não demonstram propriedade ou liderança em projetos”, aconselha McGarrity. “Quando possível – para desenvolvedores e programadores, especialmente – fique longe de palavras como ‘parte da equipe que desenvolveu’ ou ‘envolvido em’. Isso demonstra falta de propriedade no projeto e praticamente todo gerente de contratação quer profissionais dinâmicos”. Em vez disso, especifique seu papel e suas responsabilidades, enfatizando realizações e liderança sempre que possível.

Da mesma forma, evite palavras vagas e abstrações sem sentido. Currículos são cheios de clichês profissionais que não fazem nada para diferenciar a pessoa. Passe alguns minutos lendo perfis no LinkedIn e poderá notar algumas palavras e frases que aparecem em, praticamente, todas as páginas.

“Fique longe de expressões como ‘solucionador de problemas’ e ‘orientado a objetivo’”, disse McGarrity. “Pense em palavras que se destaquem e que não esteja no currículo de todos os outros”.

4. Listar uma miscelânea de cargos não definidos

Análogo do conceito “experiência demais” é simplesmente listar muitos cargos. Não é uma ciência exata, então McGarrity diz que é importante para os profissionais de TI focarem em distinguir cargos permanentes ou autônomos no currículo.

“Se você esteve em cargos permanentes ou terceirizados ao longo de sua carreira, deixe isso claro junto ao cargo”, disse McGarry. Na realidade, ao fazer isso, você evita a impressão de ser um profissional instável. “O tempo que o profissional passa em um emprego é muito bem observado pelo RH e pelo gerente de contratação, mas, se o profissional puder clarificar quais foram projetos e consultorias, ajuda muito a compreender a carreira e a abordagem no crescimento do conjunto de habilidades técnicas ao longo dos anos”.

5. Listar experiência profissional em ordem crescente

Não há escassez de conselhos sobre currículos por aí. Se alguém recomendar que você liste sua experiência profissional em ordem crescente – quer dizer, mostrar os trabalhos mais antigos primeiro e as experiências mais recentes por fim – corra na direção oposta, aconselha McGarrity.

“Todo leitor de currículo odeia ler empregos em ordem crescente”, disse McGarrity. “Recomendamos sempre listar os empregos mais recentes primeiro. Quando se põe empregos antigos antes, você demonstra primeiro sua experiência mais fraca e isso te coloca em desvantagem”.